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A Árvore Quadrada

“E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31).


Em uma manhã comum, enquanto caminhava para o trabalho, fui envolvido pela natureza ao meu redor. As árvores, com seus diversos tons de verde, a grama que brota entre as calçadas, o canto dos pássaros, a brisa suave e o céu azul pontuado por nuvens brancas me faziam refletir sobre a perfeição da obra de Deus. No entanto, uma árvore quadrada chamou minha atenção e me levou a uma meditação sobre a igreja contemporânea.



A criação de Deus, conforme descrita no livro de Gênesis, é uma obra-prima que reflete Sua essência e perfeição. Cada elemento da natureza tem um propósito, e sua beleza é um testemunho da sabedoria divina. Ao nos depararmos com a variedade de formas e cores na natureza, é fácil entender que a criação não se destina a ser monótona, mas sim rica e dinâmica. Cada árvore, cada flor, cada criatura possui sua singularidade, e isso é um reflexo do caráter de Deus.


A árvore quadrada que encontrei durante minha caminhada simboliza bem a transformação que está ocorrendo atualmente na igreja. Assim como essa árvore que nasceu de uma semente perfeita mas foi moldada de maneira artificial, a igreja institucionalizada, por intervenção humana, se afastou da simplicidade e da perfeição que Deus estabeleceu. A aparência da árvore quadrada contrasta com a beleza natural das demais, assim como práticas religiosas e estruturas humanas destoam do propósito original de Deus para a igreja.


As árvores devem crescer de acordo com sua essência, assim como a igreja deve refletir a vida e o crescimento naturais. Ao se desviar da simplicidade do evangelho, a igreja pode se perder em ostentações, em práticas e aparências que agradam ao coração dos homens, mas não glorificam a Deus.


A divisão, a falta de humildade e as práticas que não se alinham aos princípios bíblicos levam a igreja à estagnação e ao afastamento de sua essência. A igreja deve se desenvolver organicamente, seguindo os ensinamentos de Cristo e a direção do Espírito Santo.


A analogia da árvore quadrada nos convida a refletir sobre a realidade da igreja contemporânea. Precisamos examinar criticamente nossas práticas e estruturas, buscando sempre nos alinhar aos princípios de amor, comunhão, humildade, unidade e crescimento orgânico. Somente assim poderemos refletir a beleza e a perfeição da criação original de Deus, revelando ao mundo a verdadeira essência da igreja, que é a expressão do amor e da graça de Cristo.


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